sábado, 14 de agosto de 2010

Formula 1

Hoje, vou falar um pouco sobre meu esporte favorito, senão o único, a Formula 1, eu comecei a gostar de Formula 1 acredito que como a maioria na época do Senna, com o tempo conheci a importância do Barão Emerson Fittipaldi, e também dos três títulos de Nelson Piquet, e também pela minha falta de idade, foi com Senna que tudo começou. Vou citar uns fatos marcantes:
No Grande Premio do Brasil de 91, acredito que essa é minha primeira lembrança de Formula 1, Senna já era bicampeão mundial e unanimidade nacional, ali me lembro que era sagrado acordar cedo aos domingos, para ver o Senna correr, me lembro que Senna venceu, mas o fantástico da corrida foi que Senna perdeu 5 das 6 marchas do seu carro nas voltas finais, ele estava tão exausto que precisou de ajuda para sair de sua McLaren, já no pódio teve dificuldades de levantar o seu troféu.



Outro grande momento, foi no Grande Premio do Brasil em Interlagos de 93, na famosa invasão de pista que ocorreu, algo raríssimo na Formula 1, e que nunca voltou a acontecer, mas a vibração do público ali presente foi impressionante, eles pararam o carro de Senna na volta da vitória e o carregaram nos braços, um dos mais belos momentos da Formula 1.



Após isso tivemos talvez a pior parte da história do esporte brasileiro: "Na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna declarou que esta deveria ser a corrida de início da temporada para ele, pois não havia terminado as anteriores e agora faltavam apenas catorze corridas. Senna mais uma vez conquistou a pole, mas o fim de semana não seria tão fácil. Ele estava particularmente preocupado com dois eventos. Um deles, na sexta-feira, durante a sessão de qualificação da tarde, o piloto brasileiro Rubens Barrichello, envolveu-se em um grave acidente perdendo o controle de sua Jordan, passou por cima de uma zebra e voou da pista, chocando-se violentamente contra uma barreira de pneus.
Felizmente, Barrichello saiu desse acidente com pequenas escoriações e o nariz quebrado, ferimento suficiente para impedi-lo de correr no domingo. Senna visitou seu amigo no hospital - ele pulou o muro depois que foi impedido de visitá-lo pelos médicos - e ficou convencido de que as normas de segurança deveriam ser revisadas.
O segundo ocorreu no sábado, durante os treinos livres, quando o austríaco Roland Ratzenberger, correndo pela Simtek, bateu violentamente na curva Villeneuve num acidente que começou a se formar na fatídica curva Tamburello, quando a asa dianteira de seu carro se soltou fazendo-o perder o controle do veículo. Levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, ele faleceu minutos depois. Essa foi a primeira morte de um piloto na pista em dez anos - desde que a FIA adotara sérias medidas de segurança - e a primeira que Senna presenciou na Fórmula 1. Senna convenceu os oficiais de pista a levá-lo ao local do acidente para ver ele mesmo o que poderia ter acontecido e essa ousadia lhe custou mais uma advertência e algum desgaste na sua atribulada relação com a FIA.
Senna passou o final da manhã reunido com outros pilotos, determinado a recriar a antiga Comissão de Segurança dos Pilotos, a fim de melhorar a segurança na F1. Como um dos pilotos mais velhos, ele se ofereceu para liderar esses esforços.
Apesar de tudo, Senna e todos os outros pilotos concordaram em correr. Ele saiu em primeiro, mas J.J. Lehto deixou morrer sua Benetton, fazendo os outros pilotos desviarem dele. Porém Pedro Lamy, da Lotus-Mugen, bateu na parte traseira de Lehto, o que levou o safety car à pista por cinco voltas.
Na sétima volta a corrida foi reiniciada, e Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta; ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Senna foi removido de seu carro pelo Professor Sidney Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula 1 e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.
Mais tarde o Professor Watkins declarou:
“Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento.”
Foi encontrado no carro de Ayrton Senna uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, Ayrton Senna empunharia em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes.
A imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, flagrado pelas tevês, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre seus fãs.
No Brasil, ficou muito difundida uma frase dita pelo jornalista Roberto Cabrini ao Plantão da Globo, boletim de notícias extraordinário da Rede Globo. Logo após a confirmação da morte de Ayrton, pelo hospital, Cabrini noticiou dizendo, por telefone:
“"Morreu Ayrton Senna da Silva... Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar."”" -Retirado da Wikipédia-

As manhãs de domingo nunca mais seriam as mesmas. Foi a primeira vez que chorei por algo relacionado a um esporte, ou talvez a paixão a Senna não fosse só esporte, o fato é que trago como herança esse gosto por Formula 1.
Este video mostra os ultimos momentos de Senna, essa visão dele meio inquieto, é chocante.
Aqui também um tributo realizado pelo excelente programa Top Gear da BBC ( parte 1, parte2 )



O primeiro momento marcante pós Senna, para mim sem sombra de dúvidas, foi a primeira vitória de Rubens Barrichello no Grande Premio da Alemanha em Hockenheimring em 2000, em uma corrida conturbada, com acidentes, invasão de pista e muita chuva, Barrichello mostrou perícia e saltou de 18º para a vitória, detalhe que ele concluiu a corrida com pneus para seco, se aproveitando do enorme traçado de Hockenheimring, que tinha partes secas ainda, a corrida foi muito boa, e ouvir o tema da vitória depois de 7 anos, renderam algumas lágrimas.



Outro momento marcante, foi a primeira vitória de Felipe Massa em Interlagos em 2006, foi fantástico, a festa já estava armada, ele conseguiu liberação da Ferrari para usar um macacão customizado, e na pista não vacilou, venceu de ponta a ponta, 13 anos depois, um brasileiro voltava a vencer em casa, foi sensacional.

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